quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Só de mim

Você não sabe quem eu sou, mas eu sei quem você é e só preciso de um minuto de sua atenção.
Espero que saiba a sorte que tem, o quanto eu gostaria de estar na sua pele.
Poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs
Ajudá-la a acordar da má-disposição matinal
Espero que saiba que ela não vai falar com você enquanto não escovar os dentes
Não é por mal, é por medo... De perder o encanto aos seus olhos, que a considere um ser humano comum.
Espero que saiba que ela gosta de aproveitar cada raio de Sol e que o café a deixa mal disposta.
Que escolhe a roupa que vai vestir na noite anterior, só para poder ter mais cinco minutos de sono pela manhã
Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante e que mesmo assim, consegue chegar na hora.
Também quero dizer que ela adora histórias fantásticas, mas não de terror!
Que é capaz de saber o nome de todos os personagens de um livro antigo, mas não vai se esforçar para decorar o nome de todos os seus amigos de primeira, porque ela... Ela é que sabe de si.
Você nunca será uma sorte para ela. Sorte é poder tê-la em sua vida.
Sabe, ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea de sua parte vai fazê-la fraquejar.
Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.
Ela não sabe cozinhar, mas vai se esforçar para fazer seu prato favorito e se não estiver bom, ela vai rir ao invés de corar.
E quando ela ri... Quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é como uma nota musical, que me toca o coração e me faz querer dançar.
Ela é tudo o que eu queria e nunca soube que tive.
Aprenda que a arritmia que sente com ela é normal. E que a falta dela é um vazio igual à morte.
Espero que seja tudo aquilo que eu nunca fui.
Espero que a trate bem, porque se lhe partir o coração, vai perdê-la para sempre.
Pudesse eu ter lido o futuro.

Direitos Autorais Reservados á:
Diffuse ( www.diffuse-studios.com e www.vimeo.com/diffusestudios ),
Actor: Diogo Lopes
Escrito por: Ana Luisa Bairos, Joana Pacheco
Texto revisto por: Margarida Vaqueiro Lopes
Operadores de câmara: Ana Luisa Bairos, Duarte Domingos
Pós-produção vídeo: Ana Luisa Bairos
Pós-produção áudio: Alexandre Pereira
Música original: Alexandre Pereira
Realização: Ana Luisa Bairos
Agradecimentos especiais: Eva Barros, Isa Pinheiro
(Visitem o blog da escritora Ana Luisa Bairos http://www.doceparaomeudoce.com/ e Curtam também a sua page no Facebook: https://www.facebook.com/doceparaomeu...)

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Não quero morrer trabalhando. Quero viver e trabalhar

A frase é daquele que é considerado o pai da administração moderna (Peter Drucker) – e revela uma verdade preciosa para os dias de hoje.
Drucker acompanhou um período sem precedentes na terra, no que diz respeito ao mundo dos negócios e produziu um acervo fantástico para a área corporativa.
Analisar a citação dele é importante, pois revela um conteúdo que poucos defendem. Nesta frase ele expressa sua preocupação com o alcance de crenças errôneas, sobre o trabalho, na vida das pessoas.
A falácia é imensa. Entende-se que trabalhar é uma função que deverá ser exercida 24 horas por dia. Aliás, muitas pessoas já cogitam ser um absurdo viver em um planeta cujo dia oferece apenas 24 horas. Alegam ser impossível cronometrar atividades profissionais tão intensas em tão pouco tempo.
Penso que isso significa que determinados profissionais, já não são mais desse mundo. Já transcenderam para um mundo onde a escravidão impera e, eles por sua vez identificam-se e adoram dedicar-se ao trabalho de uma maneira total, ampla e irrestrita.
Que planeta é esse? Eu não sei! Mas muitos já foram abduzidos, mesmo ainda tendo o corpo entre nós.
Nessa situação cito pais que já estão lá e, esquece que têm filhos, família, passeio, diversão, saúde, corpo, qualidade de vida, de sono, de tantas coisas. Assim, incluo também mulheres que decidiram seguir a cartilha do outro planeta a risca.
Filhos, desses pais, já estão sendo preparados para a crença em que só vence na vida quem tem 28h, ou 30h do dia ocupado com tarefas de estudos.
Nesta cartilha, não vale ver o filho distraído, por exemplo, com a contemplação de um silêncio, ou de um fazer nada.
Estamos, portanto, diante do desgastante ofício de nos convencermos que trabalhar é a única prova de sanidade que podemos dar a nós mesmos e aos outros. Insanidade seria o contrário. Ou seja:
- Levar o filho para tomar sorvete depois da aula de inglês, nem pensar!
- Escolher fazer terapia para aumentar a compreensão sobre conflitos, impraticável!
- Cortar grama no final da tarde sentindo o aroma das folhas e da natureza presente no pátio, loucura!
- Jogar futebol às 16h, enquanto os outros estão fechando metas de venda, insanidade!
- Ir ao cinema durante uma tarde qualquer da semana, com família? Falência certa!
- Parar no final de semana para dormir? Absurdo!
- Ficar em casa, descobrindo o que se sente quando não estamos trabalhando? Loucura!
Em meio a esses rompantes ouvimos afirmações como:
- Trabalho de sol a sol, e é assim que deve ser!
Eu me pergunto: Como fica aquela famosa frase:
- A um tempo de plantar e outro de colher, lembram? Então quem é louco por trabalho, jamais colherá?
-Mas quem colherá no lugar dele?
-Colherão os filhos?
-Os netos?
-Mas colherão o quê?
-Saudades?
-Fortunas?
-Ausências intransponíveis?
-Esposa?
-Mãe?
-Pai?
-Quem colherá e o quê?
Sendo assim, senhoras e senhores, a frase Peter Ducker, referencia no mundo corporativo: Ganhar a vida já não é suficiente, o trabalho tem que nos permitir vivê-la também, nos convida a refletir sobre o que cada um de nós está fazendo com sua vida pessoal.
Se nos transformamos nos chamados workaholics, perdemos o foco verdadeiro da nossa passagem por este planeta, trocando os meios pelos fins.
Sim, a profissão, o trabalho, tudo isso são meios. Meio de subsistência; meio de crescimento intelectual, meio de ser útil.
Quando percebermos que o mundo dos negócios, a vida profissional está nos deixando quase loucos, é tempo de parar tudo e repensar.
Não podemos deixar de trabalhar, é certo, mas quem sabe possamos deixar o trabalho mais leve, menos extenuante, menos neurótico, permitindo que vivamos a vida em abundância.
Eu já decidi, meu dia tem 24h e o trabalho faz parte, mas não é tudo. O dia em que representar tudo, é por que estarei em fuga.


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