domingo, 10 de abril de 2011

Você tem fome de que?

O Brasil é um país de vários paradigmas. Ele se encontra no quarto lugar no quadro dos que mais produzem alimentos e o quinto em desnutrição. Mas porque toda essa diferença? Como isso é possível? É possível quando não existe um equilíbrio entre a falta, excesso e o desperdício.

Como observado nos últimos estudos a maioria da população que antes era considerada eutrófica, hoje se encontra obesa. O aumento de pessoas na fila do SUS com obesidade mórbida para fazer algum tipo de cirurgia disponível cada dia mais vêm aumentando. A obesidade além de vir por fatores genéticos, também ocorre pelo meio em que a pessoa se encontra. Aquela vontade de comer a todo o momento, ou a falta de tempo para fazer uma refeição adequada, devido a sua profissão. O certo é que as opções na maioria dos casos se resumem em uma alimentação rápida, porém nada saudável. Que associada ao sedentarismo do século XXI, leva ao aumento da predisposição de várias doenças como, pressão alta, diabetes, triglicérides alto e outra comorbidades.
E o oposto? Onde não há comida, ‘sobra mês no final do salário’ como diz os trabalhadores desse nosso Brasil. O salário mínimo seja do trabalho ou da aposentadoria gera as pessoas a fazerem escolhas por alimentos que não contem nutrientes e vitaminas adequados para o crescimento e/ou manutenção do organismo. Nesses casos a comida é luxo ou existe somente no trivial, pois a cada dia que se passa os alimentos ficam mais caros e o salário mínimo fica igual. Em certos casos a pessoa não come por não quer, não desejar e vive por contar as colorias das refeições, seja por estética imposta pela mídia às pessoas, ou seja, pela profissão, acarretando uma doença de difícil cura e que pode gerar danos irreversíveis ao organismo, além de gerar um desperdício de alimento alto.
Os casos tanto do excesso, quanto da falta de alimentação gera um tipo de humilhação pública dos mais variados, já que as pessoas não se encontram no padrão físico considerado ideal, imposto pela mídia. Não comer adequadamente em nutrientes e tempo, leva a um desequilíbrio em seu organismo, que vai procurar a melhor forma para tentar reverter esse processo, gerando alguns problemas em ambos os casos. Mas o que fica claro é a diversidade que existe entre as alimentações em cada família, seja por seu gosto ou limitações, comendo demais ou de menos, tendo como limitação o bolso ou a balança. O que fica em foco é a mesma necessidade vital e intransferível, que deve ser saciada de alguma forma, e espera-se que um dia encontraremos o equilíbrio ideal para cada um possa viver dignamente.

Mayara Medeiros de Freitas Carvalho
(Para a disciplina de Saúde Publica UFVJM - 2011. 
Prof. Tarsis Maia -  Departamento de Nutrição)

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